Tomtom, um boneco autista (pré-venda)
Quem diria que após 35 anos eu descobriria que sou autista?
A vida é uma coisa muito engraçada pois do nada ela surge com uma informação que pode mudar tudo. No meu caso foi finalmente entender o motivo de eu me sentir estranho no mundo.
Em meio a gestação da minha esposa ela passava boa parte do tempo lendo de tudo um pouco, até que em um belo dia ela caiu em um texto sobre características de autistas presentes em adultos que foram diagnosticados tardiamente. E após ler tudo penso: “Gente! Esse é o Fábio!!!”
Ela me contou e na mesma hora eu fiquei bem bravo, pois naquela época eu acreditava que autista só era bem estereotipado e clássico – tipo o rain man. Meses depois eu comecei a prestar mais atenção nessa hipótese e realmente percebi que aquilo tudo se encaixava em mim, logo eu poderia ser autista.
Depois se consumir MUITO conteúdo sobre o assunto e não ter nenhuma dúvida sobre, assumi publicamente que era autista, mesmo sem um diagnóstico formal (o que se mostrou uma via crucis pois todo mundo que eu fui me consultar era taxativo sobre eu não ser autista.
Um ano se passou, criei uma página no facebook para falar sobre esse meu processo de auto conhecimento, a Se eu falar não sai direito, fui para participar de mesa redonda, para gravar vídeo (que para o meu espanto viralizou no FB e hoje conta com mais de 1.6 MILHÕES de visualizações) e dar palestras, mas com todo esse reconhecimento eu ainda tinha aquela pontinha de medo de realmente não estar no Espectro. Para piorar os especialistas que em eram recomendados cobravam MUITO CARO, então eu não tinha condições de passar neles.
Eis que eu conheço a psicóloga especializada em autismo, a Lúcia Silva do núcleo terapêutico Più Abilità que me atende e é taxativa: “não tenho a menor dúvida que você seja autista!” – um peso sumiu e uma felicidade enorme surgiu em mim!
Ah… as contas…
Agora que eu oficialmente sei que sou autista, estou fazendo acompanhamento psicológico para lidar com os meus problemas inerentes a quem está no TEA, mas como esse tipo de atendimento é especializado eu só consegui ter acesso de forma particular.
Ainda não tive dinheiro para me consultar na neurologista especializada em autismo para fechar o diagnóstico e me dar laudo, fora que a Lúcia me diz que preciso rever os meus medicamentos e tomar outros para me ajudar com alterações de humor e dormir direito.
Para tal resolvi fazer a primeira pré-venda da minha vida: se você desejar me ajudar diretamente, basta adotar um bonequinho do meu primeiro personagem autista, o Tomtom.
Acredito que no final do mês de outubro as primeiras unidades serão enviadas para os seus donos e donas.
Então corre lá e acessa a lôdjinha do .marcamaria para adotar um Tomtom!
Um super abraço,
tio .faso